De janeiro a agosto, mais de 4.600 ocorrências de queimadas foram registradas no Estado de Goiás, um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2018 

Durante o período de estiagem no Centro-Oeste do Brasil, a combinação de vegetação seca, baixa umidade do ar e ventos quentes trazem riscos de incêndios florestais ou em áreas urbanas. 

Além do desequilíbrio da natureza e da ameaça a diversas espécies de animais, a fumaça pode causar acidentes de trânsito, pois prejudica a visibilidade de motoristas, e agrava problemas respiratórios, principalmente, em crianças e idosos.   

“É importante que a população esteja conscientizada e perceba que pequenos gestos podem ter um efeito grande. Por exemplo, bituca de cigarro, latinha de alumínio ou pedaço de vidro deixados na mata podem iniciar incêndios”, explica o gerente de Segurança e Meio Ambiente da Copebras, José Evandro Zamonaro. 

A CMOC Brasil, grupo do qual a Copebras faz parte, promove anualmente campanhas junto à população e seus empregados sobre os riscos de queimadas, que aumentam em Catalão e Ouvidor, entre os meses de abril e setembro. “Produzimos panfletos, vamos às escolas para alertar a comunidade, e temos a responsabilidade de atuar no combate aos focos dentro e fora do nosso perímetro”, explica Zamonaro. 

Na região, a empresa mantém 130 brigadistas, muitos deles especializados no combate a incêndios florestais e ambientais. O “Fale Conosco” da CMOC (tel.: 0800 726 1035 ) também serve para a população avisar sobre ocorrências dessa natureza próximas a suas instalações.   

“Quando somos chamados, levamos abafadores, sopradores e bombas costais, ou caminhão pipa - quando o acesso é possível - e auxiliamos no combate às chamas. É uma ação contínua, pois o fogo na mata apaga e acende novamente algumas vezes”, relata o gerente. 

A mineradora tem uma forte parceria com o Corpo de Bombeiros da região. Este ano, doou a borracha utilizada em seus transportadores de minérios para a confecção de 40 abafadores, que foram distribuídos nas áreas rurais da cidade.  

Na edição de junho do “No Campo com a CMOC”, evento que a empresa promove em comunidades rurais, o sargento Rafael Antônio da Silva, do 10º Batalhão de Bombeiros Militar de Goiás, realizou uma palestra e treinamento para a comunidade de Coqueiros.  

Além do combate aos focos de incêndio e da fiscalização de espaços, os bombeiros se dedicam à prevenção e a ações educacionais, como na Operação Cerrado Vivo e no Programa Bombeiro Mirim. Para o sargento, as crianças têm um papel fundamental na conscientização dos adultos. 

“A prevenção é o melhor dos remédios, seja na área urbana ou rural. Fazemos cerca de quatro palestras por semana. As crianças se interessam e internalizam as nossas orientações. Elas passam o conteúdo que aprenderam para seus pais e vizinhos, e cobram dos adultos uma postura responsável, que evitem incêndios”. 

Vale lembrar que atear fogo em mata é crime, com pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. O Corpo de Bombeiros orienta a população a não utilizar o fogo em qualquer tipo de vegetação.