CMOC Brasil

30 de Agosto de 2019

CMOC incentiva empregados a desenvolverem projetos inovadores 

  • Compartilhe

Mineradora viu no engajamento dos funcionários o caminho para obter melhorias nos processos de recuperação e beneficiamento de nióbio e fosfatos 

 

Imagine trabalhar, pesquisar e desenvolver algo inovador - tudo no mesmo lugar e ainda ajudar nos resultados da empresa. Parece propaganda enganosa, mas não é, pelo menos para os empregados da CMOC Brasil, que são incentivados a compartilharem suas ideias por meio de programas criados pela mineradora. 

Um exemplo dessa filosofia implantada é o “Inova CMOC”, que estimula a geração de novidades para reduzir gastos, elevar a produtividade, a eficiência, e aprimorar a qualidade dos produtos. As melhores propostas recebem uma premiação em dinheiro, e as inscrições, inclusive, estão abertas até o dia 31 de outubro. As ideias enviadas são avaliadas conforme aplicabilidade, relevância e impacto financeiro, por exemplo.  

Outra oportunidade abraçada pela força de trabalho é o incentivo a projetos de inovação e capacitação profissional promovido pela área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da CMOC. Os empregados têm todo o suporte necessário para produzir análises e estudos relacionados aos processos de mineração em Ouvidor, no sudeste de Goiás. O objetivo é melhorar e otimizar técnicas de extração, retenção e reaproveitamento de nióbio e fosfato. 

O resultado desse incentivo à pesquisa permite a vários empregados desenvolverem teses de pós-graduação, mestrado e doutorado, agregando conhecimento, experiência e até o reconhecimento em revistas especializadas. É o caso da coordenadora de Controle e Melhoria de Processos da Copebras, Michelle Teixeira, e outros seis parceiros de setor, que tiveram o estudo da remoagem da carga circulante da flotação de fosfato destacado em publicação especializada no setor. Ela usou a pesquisa, ainda, como base na pós-graduação que fez pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e já está com outra engatilhada para embasar o mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sobre a caracterização tecnológica dos cimentos dos depósitos.  

“Em 12 anos de carreira, a experiência de participar da implementação desse projeto foi única e muito importante. A CMOC me permitiu conciliar trabalho, pesquisa e estudos, o que me deixou bastante motivada. A exposição que ganhamos quando participamos de projetos como esse, traz como benefício o referencial que passamos a ser para empresa em que trabalhamos e para nossos colegas de trabalho. Isso é ótimo para o meu crescimento profissional, e para a empresa, que segue ainda mais moderna”, conta Michelle.  

No último ano, a CMOC teve 27 projetos de inovação desenvolvidos pela sua área de P&D, sendo 25 sobre nióbio e dois relacionados a fosfatos. Além do lado intelectual e, justamente, por ser uma empresa que investe em pesquisa tecnológica, essas experiências permitiram à CMOC um ganho inédito de benefícios fiscais com a Lei do Bem, do Governo Federal. Graças ao pioneirismo de seus empregados, a mineradora reduziu em 34% o Imposto de Renda referente a 2018, ou seja, um ganho de R$ 2,2 milhões.  

O gerente de Operações, Processos e Qualidade de Nióbio, Joselito Dasio da Silva, foi quem conseguiu pôr em prática a ideia antiga da empresa de ser inserida na lei. Ele conta que investir em P&D faz parte das premissas da CMOC e as atividades têm sido cada vez mais satisfatórias. “Vejo como uma oportunidade de evolução tanto para os empregados quanto para a empresa. É muito gratificante ver a equipe engajada em estudar e acredito que os projetos são uma grande motivação para cada um. Imagino, daqui a uns anos, eles olhando um equipamento ou um processo novo e pensando orgulhosos que também ajudaram a realizar”destaca Joselito.   

A coordenadora de P&D e Desenvolvimento de Processos da CMOC, Alessandra Silva, além de ter sido a líder dessa iniciativa, sente na prática como é participar. “É ótimo conciliar trabalho e capacitação profissional. Estou empenhada no estudo da recuperação de terras raras a partir do rejeito proveniente da etapa de remoção de carbonatos do processo de concentração do Pirocloro (Projeto MoCa) e, além de contribuir com a empresa, aproveito para usar o conteúdo em meu doutorado. Todos só têm a ganhar e espero que a inovação também seja motivada em outros departamentos ”, afirma.   

Agora, a CMOC dará continuidade a esses trabalhos. Em setembro, estão previstos encontros com gerentes e coordenadores para motivá-los a conduzir projetos de pesquisa e para mostrar que a Lei do Bem pode e deve ser aplicada por outras áreas da mineradora e gerar mais benefícios.  

 

Inovações 

Em relação ao processo de extração do Nióbio, o objetivo foi melhorar o processo e minimizar os danos ambientais. Muitos dos estudos visaram a redução de geração de resíduos, melhorias incrementais na remoção de contaminantes e otimização das etapas de rotas.  

Um deles trata a possibilidade da aplicação dos rejeitos na agricultura como fertilizante ou para o controle de pH do solo. Essa pesquisa teve como resultado a liberação de sua comercialização para uso agrícola como material secundário.  

Também foram executados ensaios experimentais utilizando brita Niobras no concreto usado na construção civil, os quais indicaram benefícios no aumento da resistência à tração e à compressão em corpos de prova, que tinham 50% e 100 % de brita Niobras 

As pesquisas também foram direcionadas ao mau cheiro nas proximidades da empresa, o qual foi constado a presença de bactérias oriundas do minério da mina Boa Vista e essas bactérias foram combatidas com reagente específico.  

Em relação aos Fosfatos, também houve inovação. A Copebras buscou desenvolver um circuito de remoagem da carga circulante de flotação de rocha fosfática. Como benefício, o processo proporcionou um potencial de melhoria da qualidade de concentrado de apatita, um aumento de recuperação mássica e metalúrgica no processo de flotação.